segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Doenças



DOÊNCAS MAIS COMUNS EM CANÁRIOS 



1 – ENTERITE 

Sintomas: Dores abdominais, diarréia, plumas da cloaca sujas pelas 
fezes, estrias desangue. Abdômen duro, vermelho violeta. Para de 
cantar. Tem muita sede.Emagrecimento rápido. 
Tratamento: Dependendo da causa: Vermífugos, coccidiostáticos, 
antibióticos,antimicóticos. Eliminar as verduras. É útil a administração 
de 2 gotas de Aderogil nobebedouro de 50 cc. 



2 - INDIGESTÃO / CONSTIPAÇÃO 

Sintomas: Ventre inchado. Fezes duras, cloaca inchada e de cor 
vermelha. Dificuldadede evacuação. 
Tratamento: Dar no bico 2 gotas de óleo de parafina. Introduzir, 
prudentemente, nacloaca um pouco de azeite de oliva. Administrar 
verduras, maçã e infusão de tília parabeber. 



3 – COLIBACILOSE 

Sintomas: Sonolência. Falta de apetite. O pássaro se retira para um 
canto da gaiola.Diarreia esverdeada que deixa as penas ao redor da 
cloaca sujas. Vômitos frequentes dealimentos misturados a uma 
substância e a um fluido esverdeado. Nesses casos amortalidade é 
muita elevada entre o primeiro e o segundo dia. 
Tratamento: Dentre outros, mencionamos: Zooserine, quemicetina 
solúvel, Cloranvex eGentamicina (colírio 1 gota no bico). A medicação 
deve ser oferecida conforme a bula. 



4 – SALMONELOSE 

Sintomas: Na forma fulminante o pássaro se retira para um canto da 
gaiola e fica adormir, com as penas soltas, asas caídas e com a 
respiração ofegante. Morte repentina.A parasitose em forma 
fulminante tem incubação de 1 a 3 dias. 
Tratamento: O mesmo descrito no item 3. Além desse, pode ser feito 
tratamento comsulfas (Vetococ, Neosulmetina, Coccirex). Nota: 
Durante a criação deve ser evitados ouso indiscriminado de produtos 
com sulfa, porque esterilizam o macho por 22 diasaumentando 
bastante o risco de complicações com Cândida. 



5 - SALMONELOSE - Forma aguda incubação (3 a 5 dias). 

Sintomas: Na forma aguda o pássaro pára de cantar. Falta-lhe 
vivacidade e o mesmo seretiram para o canto da gaiola com as penas 
derriçadas e os olhos semicerrados.Inapetência, muita sede e 
diarreiaverde-amarelada. Cloaca suja de fezes, ventreinchado e 
respiração ofegante. 
Tratamento: Além dos medicamentos indicados no caso precedente, 
dar sulfas com oscuidados recomendados. Os pássaros que 
conseguem ser curados ficam por via deregra, portadores de germes. 





6-STREPTOCOCOS 

Sintomas: Sono contínuo. O pássaro se isola em um canto da gaiola. 
Cloaca suja peladiarreia. Emagrecimento rápido. Respiração ofegante. 
A cauda e as asas caídas.Aumento do ritmo respiratório, bico aberto. 
O pássaro pode, de tempos em tempos,emitir ruído agudo. 
Tratamento: Durante 5 dias deve ser oferecido ao pássaro doente um 
dos seguintesprodutos: 100 PS (vide bula), Tylan 200 (1 gota no 
bico). 



7 – TIFOS 

Sintomas: Asas caídas, penas soltas e diarreia verde. Mortalidade 
muita elevada erápida, entre 12 e 24 horas. Tratamento: O mesmo 
que os itens 3 e 5. 



8 - HEPATITE. 

Sintomas: Falta de apetite ou fome exagerados. Manchas violáceas 
noventre, com hipertrofia do lóbulo hepático. 
Tratamento: Pro Livre (5 gotas no bebedouro) noz vômica, Antitóxico 
SM (vide bula),Epocler (10 gotas no bebedouro por 5 dias). 
Recomenda-se suspender a farinhada emanter somente alpiste e 
chicória. 



9 - VARIOLA / BOUBA (forma aguda) 

Sintomas: A princípio, não apresenta nenhum sintoma particular. O 
pássaro fica apáticoe se retira para um canto da gaiola com as penas 
eriçadas e respiração difícil. Nachamada forma diftérica o vírus 
provoca o aparecimento de pequenas placas como sefossem 
membranas branco amareladas na boca e nas vias respiratórias 
causando sériosproblemas. 
Tratamento: Neste caso a antibioticoterapia é geralmente ineficaz; a 
única ação válida épreventiva por vacinação. Existe à francesa 
"Kanapox" RhoneMerieux e a americana"Poximune C" Biomune Inc. 



10- VARÍOLA/BOUBA(forma crônica) 

Sintomas: A princípio, a queda de pequenas penas ao redor dos 
olhos. As pálpebrasengrossam. Pode parecer plefarite com secreção 
purulenta que fecha o olho. Lesõesepiteliais típicas da varíola. 
Furúnculos com até 5mm de diâmetro, de 
coramarelada/esbranquiçada cheios de líquido purulento. Por vezes 
eles se cobrem de umamembrana que parece casca e atinge com 
mais freqüência a fixação do bico junto àcabeça e cavidade interna do 
bico, faringe e ouvidos. As generalidades dos sintomas sãoaquelas da 
forma aguda. 
Tratamento: A forma cutânea pode ser tratada com tintura de iodo 
ou mercúrio cromoem uma solução alcoólica a 3% ou Thuya. A 
Quemicetina (4 gotas no bebedouro) pode,em alguns casos, mostrar 
eficiência. 





11 – CORIZA 

Sintomas: Falta de vivacidade, anorexia, corrimento de cerume das 
narinas, que podese tornar um ranho purulento, continuamente 
frequente, com tosse. Respiração difícil.Mucosa congestionada. 
Tratamento: Limpar as cavidades das narinas com algodão 
impregnado compermanganato de potássio solução 1/1000. Dar um 
dos seguintes remédios 100 OS conforme a bula. LincoSpectrin 1 g 
em 1,5 L. de água, Tylan 200, 1 gota no bico. Otratamento deve ser 
mantido até o desaparecimento da doença. 



12 - DOENÇA RESPIRATÓRIA (crônica) - D.R.C. 

Sintomas: Dificuldade de respiração, espirros, corrimento nasal e 
ocular. Esta doença ébastante semelhante à coriza. 
Tratamento: Tylan 200 (1 gota no bico), LincoSpectin (1g em 1,5 I. 
de água), Ofticor(2 gotas no bico). Tratamento de 1 semana. 



13 - SINUSITE INFECCIOSA 

Sintomas: Corrimento frequente das narinas e dos olhos que ficam 
injetados cominchação ao seu redor podendo apresentar pus. O 
pássaro não come e permanece coma cabeça embaixo das penas 
recolhido num canto do poleiro ou no fundo da gaiola. 
Esfrega, seguidamente, o bico contra o poleiro ou arame. Respiração 
difícil. 
Tratamento: Lavar as narinas e olhos com água morna. Pingar 1 gota 
de Hidrossin emcada narina. Na água pode ser usado Auromicina 
Avícola, Vetococ, Tylan 200 ou LincoSpectin. A medicação deve ser 
oferecida conforme a bula. 



14 – PNEUMONIA 

Sintomas: Falta de vivacidade. Respiração difícil. O bico pode ficar 
com uma cor violeta.O pássaro coloca a cabeça para trás debaixo da 
asa. A cauda acompanha o ritmorespiratório. Febre, asas caídas, 
penas eriçadas. 
Tratamento: Baytril ou Tylan 200 (1 gota no bico) LincoSpectin, 
Oftcor (2 gotas nobico). Reforçar a alimentação adicionando 
vitaminas na farinhada. 



15 - AEROSACULITE 

Sintomas: Respiração difícil e ruidosa com silvos pronunciados. Falta 
de vivacidade, opássaro fica infértil e não canta. 
Tratamento: O mesmo do item 14. 



16- ASMA 

Sintomas: Respiração difícil com acesso asmático muito intenso e frequente. Queda do poleiro; morte por asfixia. Nos casos muitos graves, imobilidade, 
olhos entreabertos, 
penas soltas. Respiração acelerada intermitente com emissão do 
pequemos gemidos. Tratamento: Administrar os mesmos medicamentos do item 14. 



17 - MUDA ANORMAL 

Sintomas: Muda de penas fora de tempo, irregularidade na formação 
das penas ouquedas contínuas. 
Tratamento: Identificar e sanar o problema que pode ser: Mudanças 
bruscas detemperatura; excesso de calor ou frio; local muito úmido 
ou muito seco; correntes dear; mudança de alimentação; Stress; 
baixa luminosidade durante o dia; excesso deluminosidade artificial. 
Identificada à causa, administrar boa farinhada enriquecida 
comvitaminas e mineral diariamente. 



18 - TEIGNE 

Sintomas: manchas redondas ao redor das pálpebras, perto do bico 
ou ainda nosouvidos com formação de escamas seca. 
Tratamento: desinfetar bem a gaiola, com Biocid. Aplicar com cautela 
pomadaantimicótica, Canesten. 



19 - PARASITOSE EXTERNA 

Sintomas: queda de plumagem, emagrecimento, anemia 
demonstrando as patas pálidase olhar comprimidos. 
Tratamento: desinfetar a casa 3 meses com KilRed (20 g para 6 litros 
de água),gaiolas, equipamentos e pássaros. É indispensável que o 
produto seja pulverizado nasparedes e estantes. O SBP também pode 
ser usado, contudo, como se volatilizarapidamente, o risco de 
reinfestaçâo é maior. 



20 - PIPOCAS DAS PATAS 

Sintomas: inchação das juntas e furúnculos nas patas. 
Tratamento: Aplicar pomada Nebacetin até a cura e dar na água 5 
gotas de Benzitrat. 



21 - STREES 

Sintomas: O pássaro fica sonolento, abatido. Muito especialmente ao 
retornar deexposições ou viagens longas. Tumulto dentro do canaril 
provoca agitação nos pássaros,causando-lhes stress. 
Tratamento: administrar vitaminas: Potenay 812, ou Vita Gold (5 
gotas no bebedouro) efarinhada reforçada com Rosivolt, maça, 
verdura e jiló. 



22- INFERTILIDADE 

Sintomas: ovos claros, o pássaro não entra em forma para 
reprodução. A fêmea recusasempre o macho ou vice versa. 
Tratamento: vitaminas e alimentação sadia devem ser oferecidos aos 
pássaros para quena época da reprodução estejam em forma. E 
recomendável adicionar em 1 quilo defarinhada seca 2 gramas de 
Vitamina "E" em pó. 





23 CANDIDIASE 

Sintomas: Penas arrepiadas, falta de apetite, dificuldade para ingerir 
alimentos, vômitose às vezes diarreia. 
Tratamento: Assim que aparecer os primeiros sintomas, bons 
resultados sãoconseguidos com Micostatin (1 gota no bico) e 8 gotas 
no bebedouro. Nizoral (1comprimido transformado em pó adicionado 
a 1 quilo de farinhada seca) tambémproduz bom efeito. 



24 COCCIDIOSE 

Sintomas: A coccidiose raramente provoca mortes rápidas. As penas 
ficam eriçadas, aave fica abatida surgindo o osso do peito saliente, 
chamado de peito de facão. 
Desidratação e diarreia com fezes com estrias de sangue ou de 
coloração bem escura.Tratamento: Vetoco, Coccirex e Amprolium. Os 
medicamentos devem ser ministrados deacordo com as bulas. 
Recomenda-se adicionar a farinhada complexo vitamínico e Hidrax 
ouPedyalite. 



25 ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA 

Sintomas: O tratamento é difícil; o ideal é prevenir tratando as 
sementes com umalumino silicato (seqüestraste). De qualquer forma 
a cura pode ser tentada com Ancotilna dosagem de 120 a 250 mg por 
quilo de farinhada seca, oferecida por 3 dias.Movimento de cauda 
acompanhando a respiração, abrir e fechar do bico com muita 
frequência. A respiração em alguns casos é bastante ruidosa. 
Tratamento: Não há tratamento satisfatório com medicamentos 
específicos, contudo,algum resultado pode ser conseguido com NF 
180 (2 g para 1 quilo de farinhada seca) ecomplexo vitamínico para 
melhorar a resistência. 



26 ÁCAROS RESPIRATÓRIOS 

Sintomas: acesso asmático repentino, porém mais frequente à noite 
e à tardinha, oudepois de se alimentar. Respiração penosa, sibilante, 
com assobio. Acesso de tosse comexpectoração contento muitas 
ácaros. Plumagem em desalinho, abertura do bicosincronizado com 
os movimentos respiratórios. Após as crises, os pássaros voltam ao 
estado de aparente normalidade. A presença de ácaros respiratórios 
SternostomaTraqueacolum - ocorre, em maior ou menor grau, na 
maioria dos criadouros. 
Tratamento: isolar o pássaro doente. Desinfetar as gaiolas todos os 
dias com soluçãoBiocid na proporção 2 ml por litro de água. Aplicar 
vacinação adotando o processo dearrancar algumas penas da coxa do 
pássaro, esfregando, levemente, uma gota deIvomec. A medição 
deve ser repetida 15 dias após e na segunda aplicação da vacinanão 
havendo melhora do pássaro, o mesmo não está acometido de 
ácaros, devendo sertentado outro tratamento. 



27 - CARÊNCIA DE VITAMINAS 

Sintomas: falta vigor, queda de penas fora de época e falta de 
apetite. Os machos nãocantam e de modo geral pássaro fica 
adormecido durante o dia no fundo da gaiola. 
Tratamento: oferecer 5 gotas de Potenay B12 ou Vita-Gold em 
bebedouro de 60 ml deágua, diariamente. Alternar com Ferro SM no 
bebedouro por período de 15 a 20 dias. 
Alimentação enriquecida com maça, jiló e verduras em dias 
alternados durante 30 dias.Banhos nos dias quentes e sol durante 15 
minutos no horário da manhã. A farinhadacom ovo cosido não deve 
faltar. 


Acasalamento

Acasalamento
Postura
Incubação
Eclosão
Desenvolvimento até o 7 dia
Anilhamento
Separação dos filhotes
Recomendações Complementares


Mauro de Queiróz 
Extraído Revista SOAM 1995

Acasalamento 



Os criadores "antigos" jamais acasalavam seus pássaros antes da primavera (21/09) e 
até hoje os criadores de frisados parisienses mantêm esta tradição. 
Por outro lado os criadores de canários de cor podem acasalar tão cedo em ABRIL sob 
alegação de que os pássaros já estão "prontos". 



Em nosso país o período mais apropriado para a criação se estende de JULHO a DEZEMBRO. Começar um pouco antes ou terminar um pouco depois não traz 
modificações importantes. 



Os casais devem ser formados obedecendo critérios de acasalamento e aqui a genética traz importante contribuição, podendo afirmar-se que é fundamental, no desenvolvimento de um plantel. 



Não cabe aqui descrever os acasalamentos corretos pois as variedades de cores, mutações combinadas, passam de 350. 



Aconselhamos a leitura do Manual Técnico da OBJO que pode ser obtodo na Ordem Brasileira de Juizes de Ornitologia (OBJO). 



Recomenda-se que durante o período de cria as laterais das gaiolas sejam vedadas evitando que um casal interfira com o outro. 
Ao se iniciar a formação dos casais certifique-se de que o macho esteja cantando vigorosamente e de que a fêmea esteja "pronta". Isto evitará posturas de ovos não fertilizados e perdas de tempo. 



É boa norma colocar-se primeiro na gaiola a fêmea oferecendo-lhe material paraconfecção do ninho. Se não demosntrar interesse nem pelo material e nem pelo ninho, provavelmente não está preparada para criação. Caso contrário coloca-se o macho após 2, 3 dias observando o comportamento do casal. As brigas não são raras e se freqüentes é melhor separá-los colocando a divisória. Alguns casais não se adaptam definitivamente sendo necessário a troca de um dos dois. As bigamias e poligamias são procedimentos não aconselhados aos que iniciam na canaricultura. 


Postura 



Geralmente, sucede 6 – 10 dias após o acasalamento quando os parceiros estão prontos. Também, pode ocorrer mesmo que o macho esteja inapto e, neste caso, ao verificar os ovos quanto à fertilização, por volta do 6º dia, obviamente estarão claros. 
Como regra geral as fêmeas põem 3 – 4 ovos, em média, podendo variar de 2 a 8 ovos por postura. A medida que os ovos são postos devem ser retirados e susbstituídos por "ovos indez"( ovos plásticos) devendo ser recolocados ao final da postura. Um pequeno recepiente em plástico, louça ou até mesmo uma lata de sardinha contendo mistura de sementes, ou algodão, servirá para a acondicionar os ovos recolhidos e que devem ser virados diariamente, evitando que a gema se "precipite". A finalidade de tal procedimento é simplesmente permitir que a eclosão ocorra simultaneamente, evitando discrepância de desenvolvimento entre os filhotes. Geralmente, os nascidos por último morrem, quando não se utiliza tal conduta. 



Algumas fêmeas teimam em não realizar postura no ninho e é sempre uma surpresa desagradável recolher ovos quebrados no fundo da gaiola. Em alguns casos a mudança de local do ninho pode resolver e se isto não ocorrer recomenda-se remover a grade e forrar a bandeja com areia ou jornal, em várias camadas. Outras fêmeas (às vezes, são os machos) tem o péssimo hábito de comer os ovos. Nesses casos recomenda-se reforçar o cálcio administrando osso de CIBA e furar o centro do ninho de modo que o ovo ao ser posto caia num pequeno saco fixado por baixo daquele. Este saco poderá ser confeccionado com a ponta de uma meia. Outros problemas e soluções o criador irá descobrindo com o passar do tempo. 


Incubação 



O período de incubação dura 13 dias, contados à partir da data em que os ovos são recolocados no ninho. Podem ocorrer atrasos de 1 ou 2 dias quando as fêmeas não são assíduas ao ninho. Os ovos são incubados exclusivamente pelas fêmeas, que deixam o ninho por breves períodos com a finalidade de se alimentarem e mesmo para defecar. Alguns machos costumam substituí-las nesse espaço de tempo. Verificar se os ovos forem fertilizados é tarefa simples e pode ser realizada de várias maneiras: olhar os ovos contra a luz do sol, ou com lanterna, fazendo com que o facho de luz atravesse o ovo, ou ainda, utilizar uma pequena caixa dotada de lâmpada no seu interior e furo suficiente para receber o ovo para inspeção. Ao acender a lâmpada verifica-se por transparência o conteúdo do ovo. Por volta do 6º dia já se percebe a mancha avermelhada contendo vasos no seu interior e que ocupa quase a metade do ovo. Caso se perceba apenas a presença da gema, diz-se que o ovo está "branco". 



Quando, por qualquer razão, o criador deixa a inspeção para mais tarde – 11º - 12º dia – já encontrará um ovo totalmente opaco e que não permitirá a passagem de luz. Sua casca apresentará brilho e a superfície mais lisa ao tato. Retirar os ovos não fecundados é boa praxe. Se ocorrer de todos estarem brancos retira-se inclusive o ninho por 3 – 4 dias de modo a incentivar que a fêmea faça nova postura. 



Em regiões onde a umidade do ar é alta (70 a 90%) não há necessidade de molhar os ovos ou de se oferecer banho às fêmeas. No entanto, em locais secos como por exemplo: Brasília, o banho é fundamental para aumentar o índice de eclosão. 




Eclosão



Completados 13 dias de incubação, os filhotes começam a nascer: um após o outro ou todos ao mesmo tempo. É comum que o nascimento ocorra à noite e pela manhã já se encontram todos os filhotes no ninho. 
Se o período de 13 dias for superado aguarde mais um dia ou, então faça o teste de vitalidade do embrião. Para tal, basta colocar os ovos num recipiente com água morna e observar quanto à flutuação e movimentos. Ovos com embriões vivos flutuam com a ponta para baixo e exibem pequenos movimentos enquanto aqueles com embriões mortos flutuam de lado, ou não vêm à tona, e nem possuem movimentação. 




Desenvolvimento até o Sétimo Dia. 



Quando o desenvolvimento se faz normalmente, os filhotes exibem a penugem solta e fofa como um chumaço de algodão. Também estão sempre de "papo" cheio e ao menor movimento do ninho, mostram-se ativos e abrem o bico solicitando comida. Se isto não ocorre, algum problema está acontecendo: ou estão mal alimentados ou já apresentam comprometimento de sua saúde. As fêmeas que exibem a plumagem do ventre molhada demonstram que os filhotes estão com diarréia. 


Não se justifica molestar as fêmeas para que saiam do ninho com freqüência, pois poderá ocorrer até mesmo o abandono da ninhada. Procure inspecionar o ninho quando as fêmeas saem para se alimentar. 

Uma causa frequente de falta de desenvolvimento são os "vermelhinhos"(piolhos). Os filhotes ficam fracos, pálidos e terminam por morrer mesmo de papo cheio. 

Quando tudo corre bem, aos 7 dias de vida os filhotes já exibem os primeiros cartuchos de penas e olhos abertos. 



Anilhamento ou Anelamento. 



Embora não seja uma prática universal, pois os ingleses não anelam algumas raças de porte e mesmo assim realizam concursos de pássaros desprovidos de anilhas, o anilhamento é a modalidade mais prática para registrar qualquer ave. O anel, ou anilha, quando do tipo fechado e de diâmetro compatível com a ave, garante a legitimidade da sua criação em cativeiro e permite que o criador possa participar dos concursos oficiais.Em nosso país é obrigatório o anelamento para qualquer pássaro de concurso. 


Os anéis de cunho oficial são obtidos através de clubes registrados na FOB, a quem cabe o direito de distribuição exclusiva para seus filiados. Tais anéis são fornecidos com diâmetros variáveis de acordo com o porte da ave que se 
pretende criar. Para os canários de cor o diâmetro atual é de 3mm. 



O anel traz gravado o número de sócio, a sigla do clube ao qual pertence, a sigla FOB, o número do próprio exemplar e o ano da criação. 



Colocado por volta do 7 dia, obedecendo à seguinte técnica passam-se primeiro os 3 dedos dianteiros e dobrando-se o posterior de encontro ao tarso (perna) prossegue-se com o anel até que se consiga puxar o dedo para frente, deixando livre o anel. Uma vez anelado e após o crescimento da ave, não será possível retirá-lo a não ser cortando-o. 

Também, não será possível anelar uma ave adulta sem adulterar o anel (alargando-o ou usando anel de diâmetro superior indicado). 



Separação dos filhotes 



Entre o 15 e 20 dias os filhotes começam a deixar o ninho. A saída prematura é indesejável e representa algum tipo de problema: o menor deles é quando o filhote se assusta e salta fora do ninho. Recomenda-se não trocar o ninho após o 12º dia. Filhotes quando mal nutridos tendem a sair precocemente do ninho em busca de alimentação (atrás dos pais). Nestes casos não há muito o que fazer e tentar recolocá-los de volta é perda de tempo. 



Por outro lado, os bens criados, deixam o ninho de modo tranqüilo, completamente emplumados e sem mostrar desespero por alimentação. 
Esta fase costuma ser crucial para o futuro dos pretensos "Campeões". Acontece que, de um modo geral, tende a ocorrer a debicagem dos filhotes. Algumas fêmeas deixam completamente desnudos seus filhos o que representa uma tragédia para o futuro: dificilmente se formará uma plumagem normal. 



Ao se perceber os primeiros sinais de debicagem o criador deve interferir seja separando os filhotes com uma grade divisória, seja fornecendo material para confecção do novo ninho. Sugerimos que os filhotes passem a metade do dia com o macho e a outra metade sozinhos. Colocando-se a farinhada de ambos os lados tanto a fêmea quanto o macho tratarão dos filhotes e, ainda, estaremos proporcionando a oportunidade para que o macho a fertilize, quando estiverem juntos. 



Quando os filhotes estiverem comendo sozinhos é chegada a hora da separação. Geralmente, ocorre entre o 28º e 30º dias. Separados deverão ser colocados em uma voadeira de modo que possam se exercitar e serem levados para os "banhos" de sol e água. 

Recomendações complementares. 


A separação dos filhotes precocemente pode causar a sua morte prematura. Certifique-se de que estejam se alimentando sozinhos, observando seu comportamento com relação à água, sementes e farinhada. Quando solicitam insistentemente aos pais para que os alimentem é sinal de que são dependentes. 

Ao separar os filhotes procure não colocá-los juntos com pássaros de idades muito diferentes sugerimos que essa diferença não seja superior a 20 dias. É uma questão de competição e os mais velhos sempre levam a melhor. 

A higienização do material: poleiros, grades, bandeja e do próprio cômodo deve ser executada periodicamente a fim de evitar a propagação de doenças. Recomendamos a leitura de artigos exclusivos a este fim. 

A prevenção do desenvolvimento de ácaros, piolhos tipo "vermelhinhos" insetos dentro do criadouro é fundamental e pode ser realizada de várias maneiras. A quarentena é a melhor maneira de se evitar problemas futuros. Recomendamos 30 dias de observação do exemplar antes do introduzi-lo no plantel. 

As "VAPONAS" parasiticidas e repelentes de insetos são produtos eficazes no combate aos insetos, ácaros e outros parasitas. Não são encontrados em nosso meio, porém os que puderem adquiri-los no exterior Não deixem de fazê-lo. Tem durabilidade de 2 a 3 meses. 

Pulverizar com Protecotr ou SBP, faixa azul, também, ajuda na prevenção. 

Verduras tipo couve, almeirão, jiló são muito úteis como complemento alimentar. Usá-las com parcimônia e levar em conta que um canário pesa por volta de 10 a 15 gramas, não deve comer uma folha inteira de couve ou almeirão. 


Padronize sua alimentação e desde que esteja dando certo não mude. Existem milhares de fórmulas de farinhadas. Você acabará adotando a sua própria de acordo com suas
conveniências.

Dúvidas Frequentes


Típico destinado as dúvidas mais frequentes. Se existir novas dúvidas podem me enviar um email que postarei no blog com a resposta.



1.Qual a melhor cantaxantina? 


R:Os criadores de linha clara dizem que a ROCHE (Carophyll Red ) colore melhor, porém o custo em relação a da BASF é um pouco maior, alguns misturam. Na Europa se usa principalmente a Roche com uma mistura de bate caroteno para preservar a saúde das aves. No tópico "tudo sobre vermelhos" existe um artigo ensinando o passo a passo para se colorir na farinhada ou na água.


2.Femeas cantam?


R: Sim , algumas fêmeas cantam, não cantam na altura nem na intensidade dos machos, é possivel diferenciar.

Alimentação Canários


O Canário Belga


É um pássaro essencialmente granívoro, isso significa que ele se alimenta basicamente de sementes. Sua alimentação deve ser complementada com farinhadas, ovos, frutas, legumes e verduras ...

1 - As proteínas
O corpo é essencialmente constituído de proteínas, principalmente os músculos, o
coração, os rins, as penas, apele. As patas e o bico. Partimos do princípio que, de acordo
com o tipo de ave, compramos a mistura adequadaou a fazemos em casa. Na situação de
condições climáticas adversas ou num período difícil, damos pãobranco velho embebido
em leite, ou ovos, para manter suas proteínas num nível ótimo.

2 -Aminoácidos
Trata-se de proteínas simples, indispensáveis ao bom crescimento da plumagem.
Quando a plumagem seapresentar desarranjada, frequentemente indica uma carência de
leucemia. Uma rica e variada mistura desementes é suficiente para evitar tal carência.

3 - Hidrates de Carbono
Os hidrates de carbono são uma combinação de carbono, oxigênio e hidrogênio, A
mistura de sementesnormalmente é suficiente para supri-los.

4 - Os lipídeos
As substâncias graxas constituem uma fonte de energia complementar muito útil quando
não administradas emexcesso. No inverno as aves apreciarão um pequeno suplemente
de gorduras para melhorar suas proteçõescontra o (rio. Pode-se então administrar-lhes
regularmente 5 gotas de óleo de fígado de bacalhau para cadaquilo de ração.
Entretanto não se deve exagerar, pois as aves muito gordas têm dificuldade na
procriação, ou antecipam a épocada muda das penas.

5 - As Vitaminas
Uma carência vitamínica propicia grande receptividade às doenças, frequentemente
seguidas de uma criaçãodeficiente.
 

A - Vitaminas Lipossolúveis

a) Vitamina A
Esta vitamina cuida do funcionamento eficiente das células epiteliais, das mucosas, da
visão e da respiração. Amelhor fonte é o óleo de fígado de bacalhau, assim como o leite,
as gemas dos ovos e os legumes verdes (ex.:espinafre, acelga, salsa, etc.).
As aves em crescimento têm necessidade de um fornecimento duplo de vitamina A. Se
for fornecida a vitaminaA adequadamente, as mesmas crescerão durante uma estação,
ou mais duas. Os periquitos e os canários brancosrecessivos (assim como os prateados)
deverão receber semanalmente uma boa dose de vitamina A.

b) Vitamina D
É necessária ao bom desenvolvimento e à formação dos ossos, unhas e bico. Uma
carência leva a umadebilidade e a uma deformação das patas ou malformação articular.
As fêmeas botam ovos sem cascas ou decasca muito fina. A melhor fonte é o sol.
Deixar os pássaros aproveitar ao máximo os raios solares éfundamental, principalmente
com sol direto. Se isto não for possível, poderá ser substituído por radiaçãoultravioleta
obtida através de lâmpadas especiais.
Encontra-se no comércio as vitaminas A e D em gotas, porém o óleo de fígado de
bacalhau, as gemas e o leitesão igualmente importantes como fonte desta vitamina.

c) Vitamina E
É essencial para a fecundidade, crescimento e desenvolvimento normais. Aconselha-se
administrar sementesgerminadas, óleo de germe de trigo ou milho, gema e verdura
fresca.

d) Vitamina K
Também chamada de vitamina coagulante.Encontra-se em legumes, como a cenoura,
couve, etc, e em algumas sementes como o cânhamo.

B-Vitaminas Hidrossolúveis

l- Vitaminas do Complexo B
As vitaminas do complexo B geralmente são resultantes de transformações metabólicas:

a-Tiamina ou Aneurina - (B1)
Esta vitamina tem importante função na metabolização dos hidratas de carbono. Sua
carência leva à perda do apetite e às conseqüências que esta causa. É encontrada,
sobretudo nas sementes germinadas e no levedo decerveja. Em menores quantidades na
gema, no leite em pó, nas frutas e legumes frescos.

b- Ribollavina (82 ou G)
Uma carência em B2 leva uma produção deficiente de ovos, mortes embrionárias,
paralisias das patas e maldesenvolvimento das penas. Em sementes de boa qualidade, as
quantidades de vitamina B2 são suficientes. Umsuplemento poderá ser oferecido através
do levedo das verduras, ovos e leite em pó.

d- Colina
A carência de colina e de manganês poderá determinar colestase hepática. Fontes;
levedo de cerveja, leite empó e sementes.


e- Biotina (H)
As sementes frescas complementadas por tomate e espinafre dão biotina suficiente.

f-Vitamina B12
Esta vitamina contém cobalto e ferro e estimula o crescimento e metabolização do
sangue. Encontra-se emprodutos de origem animal.

II-Vitamina C
Esta vitamina deverá ser ministrada unicamente em casos especiais, como doenças,
envenenamento ouconstantes estresses. Os agrumes (cítricos) são os mais indicados
para isto.

Vitaminas em geral
Observamos que boa variedade de verduras e qualidade de sementes são fundamentais.
Em princípio aadministração de vitaminas suplementares é inútil, salvo em
circunstâncias especiais. No inverno a falta deverdura poderá ser compensada por outros
produtos naturais contendo estas mesmas vitaminas. Pode-setambém lazer uso de
preparações comerciais de vitaminas: os complexos vitamínicos.

6 - Minerais
Dentro de uma boa alimentação são igualmente necessários os minerais como cálcio
(Ca), fósforo (P), cloro(Cl), sódio (Na), magnésio (Mg), zinco (Zn), potássio (K), ferro
(Fe), manganês (Mn), cobre (Cu), enxofre (S) eiodo (l).
Estes minerais ajudam na boa alimentação dos músculos, das glândulas, dos nervos e do
cérebro.O cálcio é o mineral de maior importância para a formação dos ovos,
desenvolvimento do esqueleto,coagulação sanguínea e funcionamento do sistema
nervoso e dos órgãos.
O fósforo é importante para a construção dos ossos, no metabolismo das proteínas e dos
lipídeos.
O magnésio mantém o equilíbrio entre o cálcio, o fósforo e a vitamina D.
A maior parte dos minerais se encontra dentro de uma boa alimentação. As cascas das
ostras (85%), ossos(80%), as cascas dos ovos e o calcário são ricos em cálcio.
O iodo se encontra nos ossos, cascas de ostras, ovos, leite e óleo de fígado de bacalhau.
O cobre é importante para a boa composição do sangue. De tempos em tempos podemos
colocar um pouco desal de cozinha (cloreto de sódio) dentro da água.
Percebe-se que muitos dos produtos provenientes do mar são ideais para manter a taxa
de minerais. Cascas deostras trituradas, ossos e eventualmente algas são excelentes
complementos.
É muito aconselhável colocar-se dentro das gaiolas recipientes com alimentos que
contenham essas substâncias.
As aves escolherão e complementarão, elas mesmas, suas necessidades.



Sementes




Lembrando que o carboidrato não gasto se transforma em gordura.O alpites deverá ser o alimento fundamental dos canários na mistura de sementes.


Alpista (Phalaris canariensis)
Grão rico em hidratos de carbono. Os hidratos de carbono produzem calorias, mantendo a saúde da ave, facilitando a digestão. Ao contrário do que seu nome em inglês "canary seed" sugere, este grão não é usado somente para canários, sendo, entretanto o principal componente da maioria das misturas de grãos para pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.
Como já sabemos o alpiste é a principal semente usada na dieta dos pássaros, é rica em hidrato de carbono, proteínas, vitaminas B1 e E, etc. Os hidratos de carbono produzem calorias, mantendo a saúde da ave, facilitando a digestão.
Componente principal da maioria das misturas. Pertence a família das Gramináceas. O tamanho e aspecto dependem muito do país de origem. Nestes países é considerada uma erva daninha. Pari. Muito usada na face de amadurecimento por criadores de curiós e bicudos, inclusive no cardápio dos filhotes.
Uso: Pássaros granívoros em geral.
Origem: EUA / Canadá / Argentina / Austrália / Hungria / Marrocos


Aveia sem casca (Avena sativa)
Grão rico em hidratos de carbono, de óptima palatabilidade e digestibilidade, portanto ingerido com muito gosto e facilidade por pássaros no ninho. Em quantidades demasiadas pode levar ao acumulo de gordura, principalmente em canários. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos, periquitos grandes e papagaios.
Também é uma semente rica em hidrato de carbono exercendo acção benéfica sobre o aparelho digestivo, semelhante ao grão de trigo e arroz com casca.
Ingerida com gosto e com facilidade pelos pássaros do ninho. Quantidades demasiadas elevadas podem levar à adiposidade.
Uso: Canários, pássaros selvagens, exóticos, periquitos, grandes periquitos, papagaio e pássaros granívoros de médio e grande porte.
Origem: Bélgica / Inglaterra / França


Cânhamo (Cannabis sativa)
Grão inactivo da planta Cannabis sativa. É rico em extracto etéreo (óleos) e proteína. Contém THC, que estimula o interesse sexual nos pássaros. Deve-se cuidar para que não haja exageros na quantidade de cânhamo oferecida aos pássaros, para evitar-se constipação e excessiva excitação dos animais. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos, periquitos grandes e papagaios. Um dos melhores grãos para qualquer pássaro, porém o seu uso (principalmente no verão) nunca pode ser excessivo.
Sementes da planta cannabis. Contém proteínas de alta qualidade. As crias adoram que os pais os alimentem com cânhamo. Estimula o ardor sexual nos pássaros (podem tornar-se demasiado excitados).
Uso: Canários, pássaros selvagens, exóticos, periquitos, grandes periquitos, papagaios, e pássaros granívoros de pequeno, médio e grande porte.
Origem: Bélgica / Inglaterra / França


Colza (Brassica rapa)
Grão rico em proteína e extracto etéreo (óleos), de sabor um pouco amargo. É o mais importante grão numa mistura para canários, pois seu elevado teor de extracto etéreo (óleos) promove uma excelente saúde e um canto melodioso. Pode levar à adiposidade, se usado em demasia. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos e pássaros silvestres. Esta foto da Colza se refere à Colza fresca, geralmente as que são vendidas em aviculturas comuns são pretas não azuladas como as da foto, mas que também servem para a alimentação de Pássaros canoros, mas não possuem as mesmas propriedades nutritivas.
Uma semente rica em proteínas, óptima para o desenvolvimento da glândula tiróide, músculos, penas, vísceras, tendões, possui ainda hidrato de carbono, vitaminas, uma semente oleosa e gordurosa, semente de cor escura, em forma de esfera.
Maior e mais escuro que o nabo. Tem um sabor mais amargo. O valor nutritivo é idêntico ao nabo.
Uso: Pássaros granívoros em geral.
Origem: Países Baixos / França / Hungria / Polónia


Linhaça (Linum usitatissimum)
Grão da planta do linho. É rico em proteínas e extracto etéreo (óleos), principalmente do grupo Ómega 3, essencial para uma excelente plumagem. Possui propriedades terapêuticas, melhorando o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo para uma melhor digestão. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.
Também é bastante oleosa, rica em proteínas, é recomendada ser fornecida as aves na época de muda de pena, pois acentua o brilho das penas.
Sementes de linho. De cor escura ou clara. Contém um teor elevado de ácido gordo omega-3, essencial para a formação da plumagem. Melhora a sua digestão por via das suas características mucíparas.
Uso: Canários e Pintassilgos.
Origem: Bélgica / Hungria / Canadá


Níger (Guizotia abyssinica)
Grão rico em extracto etéreo (óleos) e proteínas. Devido a sua excelente palatabilidade, este grão é muito apreciado por diferentes tipos de pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.
Como a colza esta também é uma semente escura e comprida, é recomendada mais na época de criação mas podendo ser fornecida o ano todo, também possui bastante óleo, sendo um bom fortificante das matérias corantes dos pássaros.
A maioria dos pássaros adoram esta semente, mas que não pode faltar numa mistura de qualidade. É uma das poucas sementes que tem um óptimo equilíbrio cálcio/fósforo.
Uso: Pássaros granívoros em geral.
Origem: Nepal / Índia / Etiópia / Hungria


Painço Amarelo (Panicum milleaceum)
Grão também conhecido por milho-alvo amarelo. São grãos ricos em hidratos de carbono e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos, grandes periquitos e pombos.
Um tipo de milho-alvo de grão pequeno e por isso ideal para misturas de cria. Existem muitas sub-famílias desta semente.
Uso: Pássaros granívoros de grande porte.
Origem: Austrália / Argentina / China / África do Sul


Painço Branco (Panicum milleaceum)
Grão também conhecido por milho-alvo branco. São grãos ricos em hidratos de carbono e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.


Painço Preto (Panicum milleaceum)
Grão também conhecido por milho-alvo preto. São grãos ricos em hidratos de carbono e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.


Painço Verde (Panicum milleaceum)
Grão também conhecido por milho-alvo verde. São grãos ricos em hidratos de carbono e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.


Painço Vermelho (Panicum milleaceum)
Grão também conhecido por milho-alvo vermelho. São grãos ricos em hidratos de carbono e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos. Espécie de milho-alvo muito fino.
Uso: Pássaros granívoros de grande porte.
Origem: África do Sul / Austrália / China


Perila (Perilla frutescens)
É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extracto etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Ómega 6 e Ómega 3. Importante na promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.


Perila café (Perilla frutescens)
É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extracto etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Ómega 6 e Ómega 3. Importante na promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.


Trigo-Sarraceno
Planta rica em amido (hidratos de carbono) mas pobre em gorduras, essencialmente colhida em terrenos arenosos.
Uso: Grandes periquitos, papagaios e bicudos.
Origem: Argentina / China / França / Brasil / Rússia / Hungria


Milho-alvo Amarelo
O milho-alvo mais corrente. É composto com a maior parte das sementes desta família, por hidratos de carbono.
Uso: Pássaros granívoros de grande porte.
Origem: Argentina / EUA / Austrália / Hungria / Rússia


Milho-alvo Branco
Estas sementes de boa qualidade são menos duras e por isso – não obstante o seu tamanho maior.
Uso: Pássaros granívoros de grande porte.
Origem: EUA / (Dakota, Colorado) / Austrália / China


Milho-alvo Vermelho
Sementes geralmente mais duras do que as outras deste grupo. A sua cor torna as misturas mais atraentes.
Uso: Pássaros granívoros de grande porte.
Origem: Países Baixos / França / Hungria / Polónia


Milho-alvo Japonês
O milho-alvo mais rico em proteínas. Aumenta a qualidade de qualquer mistura.
Uso: Pássaros granívoros de grande porte
Origem: China / Austrália / África do Sul


Nabão
É utilizado também nos canários de canto, uma semente macia, é bem oleoso, rica em gordura e hidrato de carbono




Areia





Nós criadores sabemos que as aves em geral não possuem dentes, como nos canários o processo de digestão ocorre quando os músculos da moela se contraem triturando os grãos de alimento ingeridos, é nesse processo que a areia desempenha um papel fundamental. É a areia que permite que a trituração que antecede à digestão se proceda de maneira completa, permitindo que a ave possa extrair do alimento todo o seu valor nutritivo. A areia que é ingerida pela ave vai para moela, fazendo as vezes dos dentes, ajudando a triturar e facilitando a digestão dos alimentos. Por esta razão o canário deve sempre ter à sua disposição uma quantidade de areia grossa, lavada e peneirada, se possível; esterilizada e seca ao sol, pode-se acrescentar junto desta areia a casca de ovo que pode ser fervida e moída ou triturado no liquidificador após secar ao sol por alguns dias, a casca não deve ser triturada muito no liquidificador para evitar que vire pó, e que fique num tamanho em que o canário possa escolher, onde junto com a areia irá na moela.
A casca de ovo é uma rica fonte de cálcio o qual é indispensável para a vida das aves. A areia deve permanecer diariamente pois as aves saberão quanto e quando se alimentar.




Ovos







Ovos : Fornecer duas vezes por semana ovos cozidos. São ricos em vitamina E e aminoácidos e deve ser fornecido com casca(calcio).



Verduras e Legumes








Permitido: Catalônia, Escarola, Almeirão, Almeirão Roxo, Chicória, Talos de agrião, Rucúla, Couve, Cebolinha, Giló, Cenoura.


Proibido: Alface (Pelo efeito sedativo e de causar diarréia).


Todos os alimentos acima, na lista de permitidos, servem para enriquecer a alimentação e deixar seu canário rico e saudável.



Principais:

Cenoura – Rica em caroteno (pró-vitamina A), hidrocarboneto necessário à percepção visual e ao complexo epitelial do nosso corpo. Previne ainda o cancro. Rica em Vitamina B2, B3, C, rica em cálcio, fósforo, magnésio.. Contem cerca de 51 kcal por cada 100g.

Brócolos – Rico em Ditioltionas, que são protetores das células e sua característica principal é a de aumentar a quantidade de enzimas junto a esses pequenos tijolos formadores do corpo. Contém Sulforafenos, que são também protetores das células. Combatem as deformações de células que ocorrem no estômago, Intestinos (inclusive os diferentes tipos de cancro). Rico em antioxidantes fortes e conhecidos como: Queracetina, Glutationa, Beta-Caroteno, Vitamina C, Luteína. Possui atividade antiviral e anti-ulcerativa.

Espinafre – Ao lado de outros vegetais verdes folhosos, é uma excelente fonte de antioxidantes, contem cerca de quatro vezes mais betacaroteno e três vezes mais Luteína que os brócolos. Fonte de clorofila. Rico em vitamina A, Complexo B e minerais. Riquíssimo em fibras que contribuem para diminuir o Colesterol. Contém também Vitamina C e E.

Tomate - Uma das principais fontes de Licopeno, um impressionante agente anti-oxidante . Ideal para suprir as necessidades diárias de frutas, legumes e verduras. Contém ainda fitonutrientes, composto natural dos vegetais, que ajudam a combater doenças e a manter o organismo saudável. Indicado para crianças dos 4 aos 104 anos, e aves..
Pimento Vermelho - é rico em Beta-caroteno percursor de vitamina A e anti-oxidante. O facto de ser rico em carotenos, ajuda a abrir a coloração tornando o vermelho vibrante.

Couve de pé - Excelente fonte de beta-caroteno e vitamina C e E. Boa fonte de ácido fólico, cálcio, ferro e potássio.






Frutas 












As frutas contém proteínas e gorduras em pequena parte, mas são ricas em glicídios e ácidos orgânicos. 
São 'formadas por cerca de 80% de água, estimula a função gástrica e nunca são prejudiciais (salvo pelo exagero ou bela sujeira) 
São naturalmente ricas em vitaminas e minerais;
É sempre bom usar uma fruta da época.


Obs.: Temos que ter cuidados com a origem das frutas, pois muitas delas são cultivadas com pesticidas e agrotóxicos que podem até levar a óbito um plantel inteiro em questão de minutos.

Principais:

MAÇA:

Pode-se usar direito, administrado diariamente, não produz qualquer dano (sem exagero). Contem vitaminas A, B1,B, C e PP. Após o terceiro dia pode ser dado durante o crescimento dos filhotes no ninho. Alimento de fácil digestão e ajuda a afastar os filhotes de seus pais, tem propriedades suavizantes, embora ligeiramente laxante.
Ele ajuda na desinfecção da cavidade oral e absorvendo hiperacidez, principalmente para que os pássaros descansem bem a noite. 
Também pode ser usada para suavizar a farinhada dos filhotes, as sementes não são recomendados, ao que parece, temos o poder toxico. 


BANANA:

Muito nutritiva e rica de fósforo de energia e de vitaminas A e E, pouco presente em outras frutas, recomendada usar na alimentação dos canários no processo de desmame, que graças à sua suavidade é pego com facilidade devido a sua boa palatabilidade. Rica em potássio, auxilia na longevidade dos pássaros e sua saúde reprodutiva; 



Morango:

Alimento altamente recomendado para todas as aves granívoras, contêm grandes quantidades de, fósforo, cálcio e ferro, ajuda na refrigeração e diuréticas, as terapias anti-reumáticos.


Água


Como em todos os seres vivos a maior parte que constituem o corpo é água, como não poderia de ser os canários também possuem água em seu corpo 60%. Uma ave pode ficar sem comer e perder suas gorduras e proteínas e ainda sobreviverá. A água deve ser trocada todos os dias, alguns pássaros umedecem os alimentos no bebedouro propiciando o aparecimento de fungos e bactérias no mesmo.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Tudo sobre Vermelhos



Índice:

Vamos colorir no ninho?
O que é Carophil
Lipocromo e melanina
Avaliando Canários da linha Clara
Cantaxantina
Técnica de Intensificar a cor


VAMOS COLORIR NO NINHO? 

António Celso Ramalho - Juiz OBJO/COM - 
Presidente OBJO/FOB Revista UCPP 2005 


Nos 5 campeonatos regionais que tivemos a oportunidade de atuar como juiz e mesmo no brasileiro deste ano, a deficiência de coloração dos canários com fator vermelho foi uma observação constante. Esse fato também foi notado e comentado por outros juizes e, na reunião técnica da OBJO realizada em 04/07/88 na cidade de Blumenau o assunto foi bastante discutido. 
Alguns companheiros argumentavam que vários criadores estão colorindo os filhotes no ninho e que a pigmentação das chamadas penas infantis é inferior e por isso os pássaros apresentam deficiência de coloração. 
Outros apontaram a qualidade do corante ou das técnicas empregadas para colorir, como possíveis responsáveis pêlos maus resultados.
 Considerando que a retirada das "penas de ninho" compromete a plumagem, principalmente dos mosaicos, favorecendo o aparecimento de cistos e de penas duras ou retorcidas, inutilizando os pássaros para os concursos e muitas vezes até para a reprodução, foi proposto que os canários com fator deveriam concorrer com as penas originais, que não são trocadas na primeira muda (remiges, coberturas primárias e secundárias e retrizes), sem colorir, como na Europa. 
Como era esperado, logo estabeleceu-se uma polemica, pois inúmeros juizes foram contrários a essa proposta. Formou-se então uma comissão para estudar o assunto, para a qual fomos designados e, nesta oportunidade, queremos tecer algumas considerações e externar nossa opinião. Estamos de pleno acordo que a retirada de penas é realmente um procedimento agressivo e aberrante, que atenta contra a fisiologia do pássaro.
 Por outro lado, entretanto, não concordamos com a aceitação em concursos, de canários com fator vermelho, apresentando penas não pigmentadas, pois isso, além de dificultar a avaliação do que até onde seria realmente "pena de ninho", também comprometeria a estética do pássaro. 
Além disso, é preciso considerar a dificuldade de manter um filhote até a época dos concursos, sem quebrar ou perder penas das asas e da cauda, como conseqüência, com certeza, chegariam aos concursos grande número de pássaros com mescla de penas vermelhas e amarelas, gerando mais problemas de julgamento. No hemisfério norte é certo que os canários com fator concorrem com as penas de ninho sem colorir, o que por si já é uma dificuldade a mais, pêlos motivos já considerados. 
Devemos lembrar também que, nesse hemisfério, o lipocromo amarelo-dourado é o preferido, contra o nosso amarelo-limão; o tamanho e a forma dos pássaros também são diferentes do nosso gosto, embora as características técnicas sejam excelentes. Convém lembrar ainda, que se nós usarmos por exemplo, a porcentagem de beta caroteno empregada pêlos criadores europeus para colorir nossos canários, tenho certeza que o resultado não agradaria, como já foi por nós comprovado. 
Cada povo com seus usos e costumes! Assim, creio que devemos continuar aproveitando na formação dos planteis só o que os pássaros europeus têm de melhor: as características técnicas, e isso vem sendo feito, como pode ser comprovado pela melhoria da qualidade dos pássaros, especialmente dos mosaicos, em nossos concursos. Para o tamanho, forma e pigmentação é preferível continuar com os nossos costumes. 
Tradicionalmente, no hemisfério sul estamos acostumados a observar a beleza do lipocromo vermelho destacando, por exemplo, as zonas de eleição dos mosaicos e, a introdução de mais uma cor, no caso amarelo ou laranja, prejudicaria a harmonia do pássaro.
 Acreditamos que as desvantagens fisiológicas produzidas pela retirada de penas, ou estéticas, mantendo-se as penas de ninho sem pigmentação, podem ser facilmente superadas, empregando-se uma boa técnica para colorir os filhotes desde os seus primeiros dias de vida e mantendo-se a pigmentação até a época dos concursos, A prática nos tem mostrado que se a técnica de coloração for adequada, a diferença entre a pigmentação das penas infantis e adultas e pouco significante e, ao nosso ver, é preferível que haja uma pequena diferença de matriz ao invés do contraste gritante das penas amarelas. Além disso, a coloração mais tênue, desde que uniforme, pode ser até vantajosa no caso dos mosaicos, pois permite maior destaque do lipocromo mais vivo nas zonas de eleição. 
As despesas adicionais com esse procedimento são irrisórias, pois maior número de pássaros serão aproveitados para os concursos, vendas e plantei. Ao nosso ver, o mais importante é obedecer as dosagens de corante recomendadas pêlos fabricantes e/ou exaustivamente preconizadas por criadores experientes, amplamente discutidas em revistas especializadas e em catálogos de exposições. 
Também é necessário que o criador adquira de uma só vez toda a quantidade de corante que for usar na temporada e que a administração seja regular e em doses uniformes, para evitar que os pássaros, principalmente os intensos, apresentem nuances diferentes de coloração por todo o corpo, como observamos inúmeros casos este ano. Por fim, é preciso ainda atentar para o veículo de cantaxantine (microesferas de gelatina, amido etc...) para eleger a melhor forma de administração. Para melhor absorção é recomendável o uso de um veículo oleoso ao administrar a cantaxantine. Particularmente eu uso o óleo de girassol. 
Acreditamos que com o emprego dessas normas simples e com um pouco mais de atenção e capricho na coloração, os pássaros não precisarão ser traumatizados com a retirada de penas e os resultados serão mais satisfatórios. 
Quanto a parte técnica dos julgamentos apenas o bom senso dos juizes reavaliando os critérios quanto a uniformidade de lipocromo, solucionará o problema.


O QUE É O CAROPHILL

Segundo os laboratórios Roche são carotenóides pigmentares, em formas estabilizadores, de qualidade uniforme, fáceis de assimilar, sem contra-indicações, com grande rendimento. Com base nestes carotenóides preparam-se três produtos adaptados às condições de emprego na alimentação das aves: 
CAROPHILL RED possui 100 miligramas de cantaxantina por grama de produto, utilizado largamente na avicultura comercial para intensificar a coloração da gema dos ovos e também em canaricultura. 
CAROPHILL YELLOW constituído por 100 miligramas de éster apocarotenóico por grama de produto, largamente utilizado na criação de frangos de corte para pigmentá-los de amarelo. 
CAROPHILL ORANGE que vem a ser um complexo de mistura a base de 50% dos dois, carophill red e carophill yellow. 
Até alguns anos atrás nós usávamos diretamente a cantaxantina para colorir os canários, hoje usamos 100 miligramas desta por grama do produto ministrado. A cantaxantina pura é bem mais roxa do que o carophill red e inegavelmente tem muito mais poder de coloração, sendo porém muito difícil hoje em dia a sua obtenção, sem contar o elevado preço que atinge o mercado. De três a cinco gramas eram então suficientes para serem adicionados a um quilo de ração. 
O Carophill, para se obter uma boa coloração, pode ser adicionado na base de 10 gramas por quilo de ração. O criador deve ter também o cuidado de adquirir, no início do processo, todo o carophill que for necessitar, inclusive de uma mesma caixa. O uso de tubos alternados comprados em épocas diferentes, provavelmente lhe trará amarga surpresa com manchas na coloração. Calcula-se o consumo. Coloca-se em uma folha de plástico todos os tubos adquiridos. 
Faz-se então uma perfeita homogeneização, para depois recolocar nos tubos. Ao efetuar a mistura com a ração, alimentar, usar preferentemente um quilo de ração usando sempre a mesma quantidade de carophill red, rigorosamente medida ou pesada. Esta é a forma mais certa de evitar manchas na plumagem. A época apropriada para iniciar o processo de coloração é de 60 dias após o nascimento. Há porém aqueles que dão carophill desde o ninho. Isto, muitas vezes, evita o trabalho desagradável de arrancar as pequenas penas de cobertura. 
Porém, a coloração de ninho nunca chega a atingir o mesmo grau de intensidade do que aquele após a primeira muda. Na Europa não é usado retirar as penas das asas e os pássaros são apresentados em concursos com estas na cor laranja que vem de ninho. 
Este é tipicamente um hábito do criador da América do Sul. Vimos que o carophill red é utilizado por criadores de galinhas para obterem ovos com a gema o mais vermelho possível. Este carophill, que vem através da gema, transmite em parte aos canários e sobretudo aos pássaros amarelos que vão muitas vezes tomando uma cor de dourado ou meio dourado, prejudicando a obtenção de bons pássaros com fator de refração. Na Europa, o carophill yellow é largamente utilizado nos pássaros, para a obtenção de pássaros dourados fortes, uso sobretudo corrente na canaricultura de porte.


roupas
roupas
LIPOCROMO E MELANINA




LIÇŐES DE UM GRANDE MESTRE Victor Moreira Revista CORA 2006 

As regras da hereditariedade descobertas por Mendel, constituem-se num instrumento decisivo na reproduçăo de canários. Entretanto o criador năo precisa Necessariamente entende-las em sua plenitude. Com o tempo, de maneira geral irá adquirindo conhecimentos genéticos, técnicos e teóricos, necessários a todo bom criador. É importante porém, que alguns conhecimentos, indispensáveis para o bom andamento da criaçăo. Os canários dividem-se em dois grandes grupos Linha Clara ou Lipocromica e Linha escura ou Melânica. A designaçăo Lipocromica, provém de lipocromos, nome genérico de um grupo de pigmentos hidrocarbonatos solúveis em gordura, tais como o caroteno, luteina e xantofila.
O caroteno é um pigmento de cor laranja ou vermelha, encontrado na cenoura, batata doce etc, sendo que, as variedades beta, alfa e gama săo provitaminas que após sintetizadas no organismo, se transforma em vitamina A. A xantofila está presente nas folhas verdes e vegetais e a luteina se encontra na gema de ovo, no milho, etc. Ao ingerir estas substâncias o organismo do canário assimila-as dando origem as cores lipocromicas características.
Os carotenóides săo transportados pela corrente sanguínea até o canudo (canhăo) das penas, nelas se depositando continuamente, até se completarem. Este processo se inicia antes mesmo que as penas atravesse a pele. Por esta razăo é imprescindível no que diz respeito aos canários com fator vermelho, que a cataxantina seja administrada antes que os envólucros irrigados das penas rompam a pele. Os canários melânicos (linha escura) tem um pigmento chamado melanina, fabricado pelo seu metabolismo orgânico.
O processo biológico de síntese de melanina, se desenrola através de fermentos (tiresinase-dopa) até a formaçăo da eumelanina e feumelanina. As mutaçőes que incidiram sobre a estrutura, densidade e tipo de melanina, influenciaram na variedade de cores melânicas existentes. Resultante da modificaçăo estrutural das células exteriores das penas, existem o fator limăo ou ótico para o azul.
A luminosidade produzida pelo espectro solar, decomposta em radiaçőes, nos dá as varias nuances de cor, que observamos no mesmo nuances de cor, que observamos no mesmo canário em diferentes períodos do dia, ou seja, cores mais amenas de manhă e mais fortes ao entardecer. A plenitude da pureza da cor se observa ao meio dia. Este fator transmite o efeito óptico que dá a cor amarela, um tom esverdeado, daí a denominaçăo Amarelo Limăo. Nos canários brancos, aumenta o brilho da plumagem, dando a ilusăo óptica de uma tonalidade mais branca. Nos pássaros vermelhos por influęncia do fator, a cor vermelha é mais intensa e brilhante.
O fator ótico para o azul, quando inserido nos gens dos canários da linha escura, elimina os resíduos feomelanicos dispersos (manto marrom) proporcionando maior nitidez e contraste entre as melaninas e o lipocromo. Tomando por exemplo, ao introduzirmos o fator ótico nos canários Ágata, eliminamos a feomelanina presente no dorso (manto) dos canários, obtendo dessa forma exemplares com as melaninas mais nítidas, em perfeito contraste com o lipocromo.
Essa regra se aplica a todos os canários de linha escura e pelas consideraçőes apresentadas, entendo que os novos canários de linha escura, com ausęncia quase total de feomelanina marrom no manto, estăo ligados ao fator ótico para o azul.
Esse fator é de caráter recessivo e como tal, precisa estar presente em dose dupla nos dois gametas, ou seja, no macho e fęmea, para que possa manifestar-se e aparecer na plumagem.


       Avaliando Canários da linha clara



A cor dos canários se manifesta basicamente por 3 fatores: presença de melanina, pigmentação lipocrômica(cor de fundo) e categoria (distribuição do lipocrômo na plumagem).

A melanina é um pigmento de origem protéico que ajuda os seres vivos a se proteger dos raios solares e no caso dos pássaros representa um grande aliado na camuflagem para se proteger dos predadores.





Já no inicio do século XVIII surgiam nas criações em cativeiro alguns exemplares mutados que apresentavam em suas plumagens ausência parcial de depósito de melaninas, dando um visual de manchas claras na plumagem. 

Um trabalho simples de seleção foi aumentando as áreas de ausência de melanina, até obter canários completamente claros, sem a menor manifestação melânica na plumagem, fato este que gerou um grupo diferenciado de canários chamados de “linha clara”. Todos estes canários eram originariamente amarelos. Introduzindo novas mutações além do fator vermelho, os canários da linha clara totalizam hoje 36 cores diferentes que tentaremos analisar à seguir.

No Brasil, temos verdadeiro orgulho de possuirmos uma grande quantidade de criadores de alto nível técnico especializados nestes canários, e um padrão competitivo excepcional. Identificação, avaliação e julgamento



A ausência de melaninas e a subplumagem branca, são as características próprias destes pássaros.
Os canários da linha clara são subdivididos em 4 grandes grupos: 
1)sem fator vermelho de olho preto
2)sem fator vermelho de olhos vermelhos
3)com fator vermelho de olhos pretos
4)com fator vermelho de olhos vermelhos

Nos grupos 1 e 2, assim como nos 3 e 4 , a forma de julgamento é idêntica mudando apenas a presença ou não de olhos vermelhos.

Nos canários de linha clara, 50% do valor total de julgamento se atribui à qualidade da cor, composta por dois elementos: 
· Variedade (qualidade, quantidade e distribuição da cor) 30% dos pontos
· Categoria(qualidade de intensos, nevados ou mosaicos) 20% dos pontos

No caso específico dos brancos e brancos dominantes, junta-se a variedade e categoria numa única avaliação, pois trata-se de exemplares com ausência de cor e sem manifestação visual dos fatores intenso, nevado ou mosaico.
Desprende-se então, que tanto a variedade como a categoria dos canários de linha clara, tem uma importância muito maior do que nos canários chamados de “linha escura” e, tanto na hora do acasalamento como no julgamento, nos devem inspirar especial atenção.
Faremos um rápido comentário sobre a composição das cores dos canários de linha clara e suas principais características.

VARIEDADE (LIPOCROMO OU COR DE FUNDO)





Branco não é uma cor ou lipocrômo, e sim a ausência do . É o canário com menos elementos à serem avaliados no que refere à cor. 50% da pontuação destes canários recai exclusivamente na sua brancura.. Por este motivo e pela própria delicadeza da cor branca, são os canários onde o preparo tem maior importância.



Branco dominante sua situação é semelhante à dos brancos, com a única exceção de que apresenta “incrustações” amarelas nas asas. É importante que apresentem o mínimo possível de incrustações de cor amarelo limão, mas lembre que as mesmas devem ser visíveis sem esforço visual exagerado. 




Amarelo três elementos caracterizam a qualidade destes exemplares: qualidade, quantidade e distribuição. Na qualidade, devemos apreciar um amarelo puro bem definido sem tendências para tonalidades douradas. Na quantidade (como a palavra indica), esperamos que os exemplares tenham a virtude de depositarem a maior quantidade de lipocrômo na sua plumagem. Na distribuição, esperamos que ela seja o mais uniforme possível, valorizando os canários que apresentarem a mesma cor, da cabeça até a ponta da cauda.



Observação: as características de qualidade, quantidade e distribuição acima descritas, são comuns não só para os canários amarelos, mas também para os amarelos marfins, vermelhos e vermelhos marfins. Para evitar sermos redundantes, não as repetiremos na descrição das cores à seguir.



Amarelos marfins esta mutação provocou um efeito diluidor na cor amarela, dando uma tonalidade amarfilada. Lembremos de todas formas que se busca a máxima expressão do lipocrômo, de tal forma que uma vez identificado sem dúvidas o fator marfim, valorizaremos aqueles exemplares com maior expressão de lipocrômo.







Vermelho quanto maior a expressão do vermelho e mais brilhante, mais valorizado será o exemplar.

Vermelho marfim a mutação marfim deu ao vermelho uma tonalidade rosa característica. Assim como nos amarelos marfins, uma vez que não tenhamos dúvidas da atuação do fator marfim deveremos preferir aqueles pássaros com maior expressão de lipocrômo.



Cantaxantina


Em passeriformes, os pigmentos vermelhos, amarelos e laranjas com compõe as penas possuem origem a partir dos carotenóides e xantofilas presentes na dieta. De modo geral, carotenóides podem ser precursores de vitamina A (em proporção variável), e as xantofilas, somente possuem função de pigmentação. Cada espécie possui metabolismo diferente em relação aos carotenóides e xantofilas que são ingeridos a partir da dieta, e tranformados em um pigmento específico - pigmento este usado para coloração das penas, que é variável entre as diferentes espécies.



Na natureza, em todas as fontes vegetais, encontramos apenas carotenóides e xantofilas em quantidades bastante variáveis. Desta forma, em ambiente natural, as aves não ingerem vitamina A em sua forma ativa, somente carotenóides e xantofilas, que são transformadas pelo fígado em vitamina A na sua forma ativa conforme a necessidade do organismo. Costumamos falar que a cenoura é rica em vitamina A, por exemplo. Porém, na verdade, a cenoura é rica em carotenóides e xantofilas. De um modo geral, sementes possuem baixíssimas quantidades de carotenóides (fato é que aves alimentadas somente com sementes muitas vezes apresentam deficiência de Vitamina A). Vegetais verdes-escruros, amarelos e vermelhos costumam ser ricos em carotenóides e xantofilas.



Segue esquema de vias de metabolização de pigmentos no organismo das aves, e também três tabelas que apontam qual o tipo de pigmento usado por diferentes espécies que originam suas colorações vermelha, amarela e alaranjada. Estas informações forem obtidas no livro Clinical Avina Medicine, do G. Harrison, considerado entre pesquisadores um dos veterinários que mais entendem de aves em todo o mundo. Com base neste esquema, podemos ver que a Luteína é o pigmento mais próximo para a metabolização da canario-xantofila (pigmento amarelo que os canários depositam nas penas), e o que supostamente levaria a uma melhor tonalidade de amarelo em sua máxima expressão, pois a metabolização (processo de transformação) para a canario-xantofila seria mais fácil em relação a outros pigmentos. 










Técnica atual para intensificar a cor dos canários com fator vermelho


                                  


Canário Vermelho Intenso



A complexidade da arte de intensificar a cor dos canários de fator vermelho por intermédio da alimentação (na qual são administrados diversos caratenoides) gerou e ainda continua ao longo dos anos a provocar grandes polémicas, continuando a ser um tema de discussões entre os criadores.



A utilização dos pigmentos nem sempre dá os resultados que esperamos, tema que mesmo ao nível internacional provoca entre os aficionados grandes paixões e entusiasmo.



Para começar passo a indicar os caratenoides mais utilizados e comercializados:

1) Carofil Pink (astaxantina) -Cor de Rosa 

2) Beta Caroteno 10% -Cor de Laranja 
3) Cantaxantina 10% (1 gr. contém 100 mg. do produto -Cor Vermelho) 
4) Carfil Red (1 gr. contém 100 mg. de Cantanxatina pura -Cor Vermelha) 

Em relação aos produtos acima referenciados, uns são solúveis na água (os indicados nos pontos 1 - 2 - 3) ou solúveis na água e na gordura (ponto 4), podendo ser diluído em água fervida, daí a importância da sua utilização em papas húmidas (gordurosas) -exemplo: Biancofior da Chemivit. 

Uma boa e eficiente coloração dos nossos jovens canários, feita com rigor e técnica aumenta a sua beleza e tem grande influência nas pontuações a atribuir às aves em exposição, tornando-as mais belas e vistosas, contribuindo para o aumento dos apaixonados pelos canários com factor vermelho; é pois esta a grande razão que escolhi para este fórum este tema, dando a conhecer aos criadores os meus sistemas e a sua aplicação, podendo assim ajudar a melhorar o aspecto exterior dos canários. 

1º Método 
Os canários são divididos em três grandes grupos: 
1º Grupo- Todos os canários de Factor Marfim Vermelho (exemplo: Marfim Vermelho - Topazio Marfim Vermelho Mosaico, etc) 
Dosagem: 2 a 3,5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg de papa húmida; 2 a 2,5 grs. de Carofil Red. 4 ou 7 grs. desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida. 
A mesma dosagem por cada litro de água depois de fervida à temperatura de 60 graus, que depois é retirada empregando o líquido obtido na proporção de 100 ml/1 litro de água simples. 

2º Grupo- Todos os canários com Factor Vermelho Mosaico (exemplo: Ágata Vermelho Mosaico, Vermelho Mosaico, Satiné Vermelho Mosaico). 
Dosagem: 3,5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg. de papa húmida; 3,5 grs. de Carofil Red por cada 1 Kg. de papa húmida. 7 grs. total desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida. 
A mesma dosagem por cada 1 litro de água fervida à temperatura de 60 graus, que depois é retirada empregando o líquido obtido na proporção de 100 ml por cada litro de água normal ou simples. 

3º Grupo- Todos os canários com Factor Vermelho sejam eles intensos ou nevados (exemplo: Vermelho intenso ou Nevado, Negro Vermelho Intenso ou Nevado). 
Dosagem: 5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg. de papa húmida; 5 grs. de Carofil Red por cada 1 Kg. de papa húmida. 10 grs. total desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida. 
A mesma dosagem por cada litro de água, depois de fervida à temperatura de 60 graus, que posteriormente é retirada utilizando o líquido obtido na proporção de 200 ml por cada 1 litro de água simples ou normal. 

Para não restarem dúvidas e para melhor esclarecimento, temos que usar duas garrafas: 
-a 1ª contém o líquido que foi fervido nas proporções indicadas (concentrado) que depois é guardado no frigorífico. 
-a 2ª garrafa (1 litro de água simples) retiramos da 1ª garrafa a dosagem referida nos grupos 1 - 2 -3 para administrarmos após fazermos a mistura com água normal nos canários consoante as variedades. 
Esta mistura é também guardada no frigorífico até esgotarmos a mistura do líquido obtido (exemplo: para colorir um canário Vermelho Mosaico retiramos da 1ª garrafa -líquido mais concentrado- 100 ml para adicionarmos a 1 litro de água normal. 
Desta segunda mistura colocamos o líquido nos bebedouros das gaiolas de preferência a ser consumido no próprio dia, tendo o cuidado de o recipiente não estar em contacto directo com os raios solares (excesso de claridade) razão pela qual aconselhamos os criadores, sempre que possível, a manterem as aves de Factor Vermelho na penumbra para conseguirem uma coloração mais forte, brilhante e homogénea. 

Como notas finais, não devemos usar águas muito alcalinas ou que contenham muito cloro, pois estas duas situações prejudicam a diluição e conservação dos corantes utilizados. 

Quanto à razão da minha preferência pelo Carofil Red em detrimento da Cantanxatina, prende-se por um motivo muito simples: 
-o Carofil Red tem o mesmo poder de coloração e eficácia que a Cantaxantina e não provoca tantos efeitos nocivos (a saber: sobrecarrega mais o fígado das aves, provoca a coloração arroxeada -sujeita a penalização nos julgamentos). 

2º Método- os canários são agrupados em um único grupo. 
Dosagem: 100 grs. de Carofil Red + 50 grs. de Xantofil New; 150 grs. total desta mistura à qual retiramos entre 7,5 grs. a 10 grs. por cada 1 Kg de papa húmida (Biancofiori). 
Quanto aos cuidados a ter são idênticos aos anteriormente citados (canários sempre na penumbra) devendo a papa administrada ser de preferência consumida no próprio dia (o corante vai perdendo a sua eficácia em contacto com a claridade). 
O método nº1 é para mim o mais eficaz, pois o líquido colocado nos bebedouros obriga a que todos os canários o bebam, enquanto que na papa, por norma, algumas aves rejeitam a comida ou por estarem adoentadas ou pela agressividade das aves mais velhas, como tal não produzindo os efeitos desejados pelo criador (obter aves com um vermelho uniforme e brilhante). 

Boas criações e mudas excelentes. 

Carlos Almeida Lima 
Juíz Internacional Cor e Porte CNJ/OMJ